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O Mercado Imobiliário de Brasília
Se você está pensando em comprar, vender ou investir em imóveis em Brasília, se trabalha ou planeja trabalhar no ramo, leia este texto até o final e conheça as perspectivas para o mercado imobiliário em 2024.
Tendências do Mercado para imóveis novos
Em 2024, o mercado imobiliário de Brasília tem mostrado sinais de crescimento e valorização. No mês de janeiro foram comercializados 288 unidades, o que representa 6,2% a mais que os 271 imóveis vendidos no mesmo período de 2023.
Já em maio desse ano, foi registrada a venda de 879 imóveis, mais que o dobro do mesmo mês em 2023 (424 unidades) e superior ao último abril (423).
Os dados são de um estudo conjunto preparado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF) e pela Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF).
Esse desempenho positivo registrou um aumento de 6,2% nas vendas em janeiro em comparação com o mesmo período do ano anterior (Ademi-DF).
As regiões mais promissoras incluem Águas Claras, Noroeste, Recanto das Emas e Ceilândia, com um volume considerável de vendas.
Comercialização de Imóveis Novos e Usados
O mercado de imóveis novos tem se destacado, com um número significativo de lançamentos e vendas, especialmente em regiões em crescimento como Ceilândia, Águas Claras, Guará e Noroeste (Ademi-DF).
Já os imóveis usados continuam a ter um mercado estável, embora a preferência por imóveis novos esteja crescendo devido às melhores condições de financiamento e aos novos projetos oferecidos pelas construtoras.
Tendências e Perspectivas Futuras – Cenário Promissor
O mercado imobiliário de Brasília em 2024 se apresenta como um campo promissor e dinâmico.
Isso porque o setor vem vivenciando uma fase de inovação e crescimento, impulsionado por novas tecnologias e mudanças nos padrões de consumo.
Diante disso, compreender as tendências e perspectivas futuras é fundamental para investidores, profissionais do ramo e compradores de imóveis. Veja essas tendências:
1. Avanço de Crédito:
Para 2024, o mercado imobiliário pode esperar um novo impulso, graças à projeção de aumento no volume de crédito de 8,1% feita pela Febraban.
Para o presidente da Associação Brasileira das Entidades do Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), 2024 deverá entrar para a história como um dos melhores anos em relação ao crédito imobiliário.
2. Avanço das Tecnologias
O avanço das tecnologias digitais também faz parte das tendências para o mercado imobiliário em 2024, dentre as quais, se destacam:
2.1. Realidade virtual e aumentada, no setor de vendas;
2.2. A criação de uma moeda digital que poderá ser usada para a compra de imóveis. Chamada de DREX, com ela será possível realizar transações imobiliárias por meio dos chamados “contratos inteligentes”.
2.3. Uso de plataformas virtuais nas empresas que atuam no ramo imobiliário. Segundo uma pesquisa da Conect Brasil, algumas delas já têm seus processos 100% realizados virtualmente, por meio do metaverso.
2.4. A implementação da blockchain, que já está sendo usada para registro de contratos e de corretores, reduzindo os custos e facilitando a fiscalização.
Essa tecnologia está incorporada em todos os cartórios nacionais por meio do e-notoriado, um sistema desenvolvido pelo Colégio Notarial do Brasil/ Conselho Federal (CNB/CF).
3. Aumento da Demanda por Imóveis Sustentáveis
O conceito de sustentabilidade aplicado à habitação vem ganhando força recentemente, e essa será uma das tendências para o mercado imobiliário em 2024.
Também devemos ver a expansão de projetos arquitetônicos equipados com espaços abertos e integrados à natureza, como aponta uma pesquisa da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC).
Essas tecnologias incluem dispositivos que proporcionam economia de energia e água, reaproveitamento hídrico e de luz solar, sistemas de coleta de resíduos e efluentes inteligentes, entre outros avanços.
4. Adaptação às Mudanças Demográficas
A população brasileira está envelhecendo em um ritmo acelerado, de acordo com estatísticas que comprovam isso.
O público formado pelas pessoas na terceira idade deverá ser o novo alvo para o segmento imobiliário, que precisa desde já repensar seus processos, desde os projetos até as vendas.
Como resultado dessa mudança, surgiu recentemente o conceito de “consciência gerontológica” para pautar as construtoras em seus projetos de engenharia.
De acordo com essa nova proposta, casas e apartamentos devem ser pensados para atender às necessidades especiais de mobilidade de pessoas que, muitas das vezes, têm capacidade reduzida de deslocamento.
5. Conceito da modalidade Multifamily
Multifamily é uma modalidade imobiliária que se refere a propriedades projetadas para acomodar várias famílias em unidades separadas.
Essas propriedades incluem uma variedade de tipos de edifícios residenciais, como apartamentos, condomínios, e moradias geminadas.
A principal característica do multifamily é que todas as unidades habitacionais são geridas como um único investimento, seja por um proprietário individual, uma empresa ou um fundo de investimento.
Trata-se de um modelo em que as unidades habitacionais são construídas com a finalidade de locação.
6. Imóveis de Alto Padrão
Com a expansão do crédito, a redução na taxa básica e o desemprego estabilizado, a tendência é que a renda média do brasileiro aumente nos próximos anos.
Essa é uma tendência para o mercado imobiliário no Brasil e em Brasília, que deverá se consolidar por meio do aumento nas vendas de imóveis de luxo, a julgar pelo aumento de 22,8% nos negócios para o segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) no final de 2023, segundo a Abrainc.
7. Influência da Taxa Selic
Também conhecida como taxa básica, é usada pelo governo, por intermédio do Banco Central, como um dos principais instrumentos de controle da economia.
A redução da taxa Selic tem desempenhado um papel crucial na dinâmica do mercado imobiliário.
Com a taxa de juros mais baixa, o financiamento imobiliário se torna mais acessível, diminuindo o valor das parcelas e ampliando o acesso ao crédito (City Inc).
Além de influenciar o poder de compra, a Selic também gera impactos nos rendimentos de ativos financeiros, entre os quais estão os fundos imobiliários (FIIs).
Como esses fundos usam como referência a taxa do CDI, que por sua vez usa a Taxa Selic como índice, eles acabam tendo sua rentabilidade impactada por alterações na taxa básica.
Essa condição tem estimulado tanto a compra de imóveis para moradia quanto para investimento, aumentando a confiança dos investidores no mercado imobiliário.
Índice de Velocidade de Vendas (IVV)
O Índice de Velocidade de Vendas é uma sondagem mensal junto às construtoras e incorporadoras mais representativas do Distrito Federal.
Funciona como um termômetro do mercado imobiliário e mede o ritmo de venda das empresas: quanto mais alto o índice, menor foi o tempo necessário para vender as unidades dos empreendimentos no mês.
Esse índice é uma métrica crucial para entender o mercado imobiliário. Em Brasília, o IVV de janeiro de 2024 foi de 3,8%, indicando um mercado saudável e com um ritmo de vendas positivo.
O índice mede o tempo necessário para vender unidades dos empreendimentos, sendo que um IVV mensal de até 5% é considerado um sinal de um mercado em bom ritmo.
Impacto no Mercado Imobiliário
A combinação de uma taxa Selic baixa, aumento na demanda por imóveis e um IVV positivo sugere que 2024 será um ano promissor para o mercado imobiliário de Brasília.
A facilidade de acesso ao crédito e as condições favoráveis de financiamento estão impulsionando as vendas e promovendo um ambiente de confiança para investidores e compradores.
Considerações Finais
Para 2024, o mercado imobiliário de Brasília tem mostrado um cenário otimista, com tendências de crescimento e valorização, especialmente nas regiões em expansão.
A influência positiva da redução da taxa Selic, aliada a um aumento na demanda e a um bom índice de velocidade de vendas, promete um ano de oportunidades, tanto para investidores, quanto para compradores de imóveis na capital federal.
Este ano a expectativa está muito positiva em relação ao volume de vendas. Com o aumento do custo de aluguel e a redução da taxa de juros, a compra de um imóvel novo tem se mostrado como a melhor a escolha.
Os resultados estão em viés de alta porque os consumidores estão decididos a ter casa própria e em fazer um investimento seguro.
O imóvel contempla essas duas expectativas: garante a moradia digna e a qualidade de vida, além de ser um investimento seguro e com retorno garantido.